Maurício Ricardo participa de campanha contra o bullying

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Saiba como o bullying pode afetar a vida social das crianças

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Caso de bullying termina em tragédia em Porto Alegre

Um adolescente de 15 anos foi baleado nas costas quando descia de um ônibus. Ele chegou a pedir ajuda, mas não resistiu e morreu no local. A mãe do jovem acredita que o filho tenha sido vítima de bullying. Ela afirma que os alunos riam dele por ele ser alto e obeso.

DEPOIMENTO DE UMA VÍTIMA DE BULLYING

Quando assisti este vídeo, senti uma profunda dor no coração, então resolvi postar aqui, para que todos os visitantes deste blog, tivessem a oportunidade de assitir este vídeo para que compreendam um pouco mais deste perigo eminente que se propaga cada vez mais de maneira velada nas escolas. É necessario e urgente banir com esta violência cruel. Vamos fazer a nossa parte ajudando vítimas e propagando conhecimento a respeito desse fenômeno.

EU NÃO PEDI PRA NESCER

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A letra da música deste clip nos faz refletir o quanto temos que avançar, em relação a proteção integral da criança e do adolescente. Há 22 anos a Constituição Federal em seu art. 227 garanti a proteção integral a todas as crianças e adolescentes : Art. 227 . É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão. O ECA Lei 8.069/90 tem sua origem no referido artigo, destrinchando-o e fortalecendo o direito da crianças e do adolescente que passa a ser tratado como sujeitos de direitos. Apesar da criança e do adolescente serem protegidos por lei, ainda hoje no mundo inteiro em todos os lugares, podemos encontrar crianças sendo alvo de violência e negligência. Enquanto nossas crianças não forem tratadas como sujeitos de direitos não teremos uma sociedade justa, solidária, igualitária e digna.

Lindo lindo - Hino da Cidadania - Uma realidade brasileira

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ADOLESCENTE É CONDENADO A PAGAR R$ 8 MIL POR COMETER ATO DE BULLYING

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WebNeste site

Vítimas de bullying devem denunciar

Se o seu filho está triste, com notas baixas e não quer mais ir para a escola, ele pode ser uma vítima do bullying, que é quando uma criança ou adolescente é perseguido pelos colegas.

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Em Santa Catarina existe uma lei para barrar o bullying entre os estudantes. Só que as autoridades acham que só a lei não basta. Por isso, todas as escolas do estado começaram um trabalho de conscientização de alunos e pais. Não é fácil controlar a mania que muitos alunos têm de dar apelidos aos colegas. Com Édson a brincadeira foi longe demais. Virou perseguição. "Eles me chamavam de estranho, porque eu era do Rio de Janeiro e não falava muito. Me chamavam de olho gordo. Me batiam de vez em quando. Me sentia humilhado", conta Édson Jottens, 14 anos. Em Santa Catarina, o Ministério Público está em plena campanha para frear o comportamento agressivo nas escolas. Pesquisas mostram que metade dos alunos já foi vítima de bullying, isso é, foi atormentada sistematicamente por um colega ou por um grupo deles. Apelidar é somente uma das muitas formas de praticar o bullying. Ele se manifesta de diversas outras maneiras. Para o agressor pode parecer uma brincadeira, mas para a vítima é algo torturante. "A intolerância, o desrespeito às diferenças são a base do bullying. É justamente você não saber conviver com as diferenças, desrespeitando o fato de que todos nós temos os mesmos direitos em que pese sermos diferente", alerta Priscila Linhares, promotora de justiça. Santa Catarina é único estado do país a ter uma lei específica contra o bullying nas escolas. Para ajudar a lei a pegar, o Ministério Público estadual criou uma campanha: Bullying, isso não é brincadeira. São orientações gerais para pais, alunos e professores. Em bate-papos, cada escola está definindo suas próprias regras contra o bullying. Por exemplo, em algumas escolas, agressão física é motivo de suspensão. Kimberly lembra que muitas vezes os agressores também são vítimas. "Tem mãe que bate na criança e a criança fica com raiva e faz como a mãe faz em casa com as outras pessoas no colégio", diz. Por isso, as famílias também vão entrar no debate. "Quando a gente estabelece regras coletivamente, fazendo com que todos discutam as regras, é mais difícil quebrar as regras", comenta Ivanisse Zanif Basto, diretora da escola. O pequeno Wesley propõe algo muito importante. "Se a pessoa vê um caso de bullying tem que denunciar, se não denunciar, o caso só aumenta. Aí quem perde somos nós", afirma.

Veja este vídeo exibido no jornal hoje em 04/11/2009 - Justiça pune alunos agressores do bullying

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

BULLYING, O QUE É ISSO?






BULLYING, O QUE É ISSO?

" Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que a conseguiu, mas todas as que vieram antes".

( jornalista dinamarquês - Jacob Riis)

Autora: Maria Aparecida Bastos




A escola é o ponto de referência, lugar de fazer amigos de crescer juntos, além dos estudos para apropriação dos conhecimentos acumulados historicamente, os alunos conversam, riem e brincam. Cenas assim parecem apenas jovens entre intervalo das aulas, mas muitas vezes não é o que aparenta, no mundo inteiro educadores, pais, médicos e psicólogos estão preocupados com a violência entre adolescentes , pois além de agressões físicas surge uma nova prática mais sutil e cruel é o que os especialistas chamam de bullying, palavra inglês que quer dizer atormentar, perseguir, humilhar ou como eles mesmos dizem, zoar.

Para fundamentar este trabalho buscamos o artigo 5º da constituição federal de 1988, e o artigo 17 do ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente.Art. 5 - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, e à propriedade.

Art. 17 - O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente , abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, idéias e crenças, dos espaços e objetos pessoais.

A isonomia garante a diversidade em todos os espaços. Na escola não é diferente, a diversidade faz com que o contexto escolar tenha grande riqueza de experiências e deve ser um ambiente de aprendizagem e respeito ao diferente. No entanto, na maioria das escolas este respeito ao diferente não acontece, o desrespeito e a intolerância ao outro é um dos principais problemas enfrentado hoje no contexto escolar. Segundo Beaudoin, Marie-Nahtalie (2006) Gostamos ou não, desde muito pequenos fomos programados a acreditar em certas idéias, e é bem provável que não tenhamos chance de revisar todo o conteúdo de nosso cérebro. Por exemplo, a maioria das pessoas sofre uma lavagem cerebral pela indústria da publicidade, pelos filmes, pelos noticiários da TV e pelos jornais disponíveis à sociedade, introjetando certos estereótipos. Tente visualizar a imagem de um presidente, um médico, um advogado, um medalista olímpico? A probabilidade de você ter visualizado um homem branco é grande, ou seja, o normal. Nossa mente é limitada pelo que vimos. Neste sentido temos que romper com esta cultura do ideal e da segregação, temos que avançar nas políticas de inclusão, aceitação e tolerância ao diferente Neste sentido a educadora e pesquisadora Fante( 2005, p.91) diz que:


A intolerância, a ausência de parâmetros que orientem a convivência pacífica e a falta de habilidade para resolver os conflitos são algumas das principais dificuldades detectadas no ambiente escolar. Atualmente, a matéria mais difícil da escola não é a matemática ou a biologia; a convivência, para muitos alunos e de todas as séries, talvez seja a matéria mais difícil de ser aprendida.


Na contemporaneidade a falta de valores é um mal que provoca a incivilidade entre as pessoas, deixando a sociedade cega e muda diante das mais diversas formas de violências que estão presentes no dia-a-dia, amedrontando e causando pavor nas pessoas que procuram se proteger entre muros e grades. Os diversos tipos de violência física constituem um mal que amedronta a todos, no entanto, existe outro tipo de violência mais silenciosa e cruel que na maioria das vezes é banalizada, por ser considerada brincadeira de crianças ou da idade, entretanto a brincadeira(bullying) pode causar traumas profundos.

Para falar sobre bullying, faz-se necessário definirmos violência. Se formos pesquisar encontraremos várias definições sobre a mesma, assim recorremos a definição da OMS( Organização Mundial de Saúde) por entender que é bem completa.

Violência é: Uso INTENCIONAL da FORÇA física e do PODER real ou em ameaça CONTRA si próprio, contra outra pessoa, ou contra um grupo ou uma comunidade, que resulte ou tenha grande possibilidade de resultar em lesão, morte, dano psicológico, deficiência de desenvolvimento ou privação. (OMS) .

Segundo Abramovay (2003), a dificuldade de apreensão e a análise da violência , em particular a violência escolar é o fato que não existe consenso sobre o significado de violência, a caracterização da violência varia de acordo com a escola, do status de quem fala ( professores, diretores, alunos, etc), da idade e provavelmente do sexo, ou seja, a definição de violência escolar depende do contexto.

Os tipos de violências considerados comuns por alguns autores de renome sobre o tema, especialmente na literatura norte-amercicana são: gangues, xenofobia e bullying , sendo, este ultimo, tema que abordaremos neste artigo.

A educadora e pesquisadora Cleo Fante (2005, p.28/29) conceitua o bullying como, “Conjunto de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas que ocorrem sem motivação evidente, adotado por um ou mais alunos contra outro(s), causando dor, angústia e sofrimento”.

O termo Bullying, adotado em muitos paises para definir o desejo consciente e deliberado de maltratar uma outra pessoa e coloca-la sob tensão; termo que conceitua os comportamento agressivos e anti-sociais, utilizados pela literatura psicológica anglo-saxônica nos estudos sobre o problema da violência. Fante, (2005).

O Bullying acontece dentro de uma relação desigual de poder, de dominação, de subordinação, é perigo eminente, é uma das formas mais cruel de intimidação das pessoas e pode causar danos irreparáveis as vítimas.

Esta violência velada é um mal que deve ser combatido por todos as pessoas que estão direta ou indiretamente ligadas aos espaços de agromeração de pessoas e principalmente de crianças e adolescentes, sendo a escola um dos espaços com maior índice de bullying segundo pesquisas e isso não é um fato novo nas escolas, na verdade esta violência acontece no ambiente escolar há muito tempo.

Se pararmos para pensar um pouco vamos nos lembrar do nosso tempo escolar e vamos constatar que muitas vezes fomos vítimas e outras vezes agressores do bullying, vamos nos lembrar dos apelidos maldosos, discriminatórios, humilhantes que colocaram em nós, num amigo ou pessoas conhecidas. Vamos nos lembrar de muitas atitudes que aconteciam na escola e que, na maioria das vezes, eram vistas como brincadeiras de criança ou coisa da idade e nunca como uma violência cruel que deve ser banida do ambiente escolar.

Como vimos, o ambiente escolar de décadas atrás é o mesmo do atual, o bullying continua perpetuando e na maioria das vezes ainda é visto como brincadeira de criança. Muitos educadores e demais funcionários das escolas não conhecem o fenômeno, nunca ouviram falar ou ouviram mas não compreendem suas causas e efeitos . Atualmente, o Bullying vem sendo debatido e estudado no mundo inteiro, entretanto este estudo ainda é novo, há pouco mais de três décadas é que a Suécia e os paises escandinavos começaram a se interessar pela problemática que envolvia vítimas e agressores. Dan Olweus da Noruega desenvolveu pesquisas valiosas e significativas na década de 1980 sobre o tema, ampliando seus estudos para vários países europeus . No Brasil, o estudo só chegou no final da década de 1990 e início de 2000.

O bullying sempre existiu, mas só foi reconhecido a pouco mais de 30 anos, sendo identificado como fenômeno psicosocial recebendo nome específico. No Brasil o estudo é pouco conhecido, as pesquisas realizadas se deram em decorrência das tragédias ocorridas em Taíuva (SP) e Remanso (BA). Pesquisadores, estudiosos e diversos segmentos da sociedade reuniram-se para discutir o fato, realizando assim, em 2006, o I FORUM Brasileiro sobre Bullying Escolar em Brasilia DF.

O que levou o estudo deste fenômeno foi o fato de diversos acontecimentos de suicídios entre crianças e adolescentes especialmente na Europa. Esse fato fez com que pesquisadores investigassem as causas, sendo constatado práticas de maus-tratos, humilhação, ou seja, vítimas do bullying, o fato chamou atenção principalmente na área da psicologia fazendo-se necessário estudo nas formas de relacionamento entre os alunos ( Fante, 2005).

Apesar se de ser pouco conhecido no Brasil, algumas escolas estão fazendo trabalhos antibullying, em especial o Estado do Rio Grande e São Paulo que vem desenvolvendo práticas com objetivo de ampliar os olhares e sensibilizar as autoridades educacionais, pais e professores. Os Estados de São Paulo e Pernambuco criaram, neste ano, um projeto Lei objetivando o trabalho de prevenção de bullying em todas as escolas de seus Estados. É preciso, é necessário e é sobretudo urgente abandonar a apatia, tocar a alma das pessoas e sentir a agonia e aflição das vítimas dessa violência. No entanto na maioria das escolas ainda não há mobilização de todos os integrantes, um ou outro professor conhece e tenta fazer algum trabalho no sentido de diminuir esta violência cruel e silenciosa, mas o que podemos constatar é o bullying presente nas escolas todos os dias em todos os momentos e espaços deixando um clima de angustia e indignação dos professores que sentem-se inseguros e incapaz de lidar com os diversos tipos de violência que acontecem no ambiente escolar, o que eles precisam saber e compreender é que uma das prováveis causas deste cenário de violência tem seu início nas brincadeiras de crianças ( bullying) que os mesmo na maioria das vezes entendem ser coisa da idade , o que eles não sabem é que pesquisas apontam que o Fenômeno tem início geralmente em casa no meio familiar, podendo ser carência afetiva, ausência de limites e ao modo de afirmação do poder dos pais sobre os filhos. Os estudos revelam que os agressores são geralmente vítimas de seus pais e que estes reproduzem na escola o que sofrem em casa como : omissão, negligência, espancamento etc., assim a violência acaba se tornando um ciclo vicioso, ou seja, não é regra, mas a vítima de hoje tende a ser o agressor de amanhã.

A mídia nos mostra diariamente o clima aterrorizante que assola as escolas provocando pânico nos alunos, pais e professores, e este clima acaba muitas vezes provocando a evasão escolar de alunos vitimizados que sentem-se acuados e preferem deixar a escola para livrar-se dos maus-tratos.

Fante (2005), Os apelidos pejorativos e discriminatórios podem gerar violência física e até mesmo o suicídio como o caso de (Taíuva, SP) onde um jovem estudante tímido e humilde de 18 anos, foi vitima de bullying por 11 anos, seus companheiros apelidaram-o de gordo mangolóide, elefante cor-de-rosa e ainda de vinagrão (por tomar vinagre de maçã toda manhã para emagrecer). Após concluir o Ensino Médio o jovem foi até a ex-escola no dia 23 de janeiro de 2003, durante o horário do recreio dos alunos que estavam em recuperação, feriu a professora , seis alunos e o zelador , logo após deu fim a sua vida cheia de sofrimento e humilhação. O jovem tinha as características de vitimas de bullying, tímido, incapaz de revidar as denuncias do agressor, permaneceu calado durante onze anos o que causou em seu coração uma enorme ferida que o levou a ferir e a ferir-se. O jovem era considerado normal pelos seus pais e professores, no entanto, por ser obeso, era motivo de chacotas e discriminação por parte dos seus companheiros, levando o jovem a sentir-se rejeitado e indesejado no grupo.

Há pouco tempo atrás, em um programa de TV sobre violência escolar, vimos o relato de um caso de suicídio tendo como causa o bullying. Em uma das escolas do Estado de São Paulo, um adolescente de 12 anos era discriminado todos os dias, seus companheiros chamavam-o de mulherzinha, de florzinha fazendo com que o adolescente ficasse cada fez mais reprimido, até que um dia um grupo de alunos atacou com chutes, pontapés, empurrões e xingamentos sendo assistidos por uma porção de alunos que apenas presenciavam a agressão sem nada fazer, seu irmão mais novo vendo a violência correu chamar a professora que não deu atenção dizendo que eles que se resolvessem, alguns dias após o fato corrido, o adolescente deu fim a sua vida com um na tiro cabeça deixando uma vida inteira pela frente e uma mãe angustiada sem entender direito o que aconteceu.

Diante do relato acima, temos que avançar nas ações para acabar com este mal que está ancorados, no ambiente escolar e o primeiro passo é a conscientização e a aceitação de que o bullying é um fenômeno que acontece no mundo inteiro, em todas as escolas, em todos os espaços de agromeração de pessoas, independente da cultura, economia e posição social das pessoas. É preciso compreender que as práticas de bullying podem ser geradoras de outras violências.

Os educadores precisam compreender este fenômeno, saber identificar, distinguir e diagnosticar o fenômeno e conhecer maneiras de prevenção e intervenção que vem sendo adotadas no mundo inteiro hoje.

Segundo Chalita ( 2008) O Bullying geralmente é uma violência que envolve colegas das mesmas salas de aula podendo ser constituído de maneira direta ou indireta.

O bullying direto é mais comum entre agressores do sexo masculino. As atitudes mais freqüentes identificadas nessa modalidade são: xingamentos, tapas, empurrões, murros, chutes e apelidos ofensivos e repetidos.

O bullying indireto é mais comum entre as meninas e crianças menores. Geralmente leva a vítima ao isolamento social . As estratégias utilizadas são difamações, boatos cruéis, intrigas e fofocas, rumores degradantes sobre a vítima e familiares, entre outros. Os meios de comunicação são bastante usados nesta prática pela sua rapidez e propagação, é o Bullying virtual ou ciberbullying e realiza-se por meio de mensagem de correio eletrônico , torpedos, blogs, fotoblogs, e sites de relacionamento, sempre anonimamente.

Característica dos Bullies:
• Agressivos e negativos;
• Atitudes repetidas;
• Desequilíbrio de poder entre as partes envolvidas.


PERFIL DOS AGRESSORES
• Encontram-se na faixa de 13 e 14 anos, são líderes e sentem prazer em mostrar poder, são valentões. 60% são meninos e apresentam Autoritarismo; forte necessidade de dominar; são preconceituoso, apresentam déficit em habilidades sociais, tem ressentimento, inveja, rapidez em se enraivecer; ostilidade; preocupação com a auto-imagem e suas ações são obsessivas ou rígidas. Normalmente, pertencem a famílias com falta de afeto e limites, seus pais são agressivos e autoritários.

OS ESPECTADORES OU TESTEMUNHASSão a maioria dos estudantes , que testemunham a violência e aprendem a conviver com ela ou escapar dela. São personagem deste mal nocivo , não interferem, não participam, porém não acolhem a dor do outro, não defendem nem denunciam, simplesmente banalizam o fenômeno.

VITIMAS-AGRESSORES
São pessoas que são vítimas e agressores, ao mesmo tempo que sofrem agressões cometem a violência com o outros.

O Bullying pode ocorrer:
-Nas escolas;
- Nas universidades;
- Local de trabalho;
- Vizinhança;
- Países .

Efeitos do Bullying:
- Depressão;
- Stress pós-traumático;
- Tornar-se também um agressor;
- Ansiedade;
- Problemas gástricos;
- Dores não especificadas;
- Medo de expressar emoções;
- Problemas de relacionamento;
- Abuso de drogas ou álcool;
- Auto-mutilação;
- Suicídio (bullycídio).

Efeitos em uma escola:
- Níveis elevados de evasão escolar;
- Alta rotatividade do quadro de pessoal;
- Desrespeito pelos professores;
- Alto nível de faltas por males menores;
- Porte de arma por parte de crianças para proteção;
- Ações judiciais contra a escola/família do agressor.

Os apelidos podem ser uma forma carinhosa ou ofensivas de chamar as pessoas, o primeiro caso é uma maneira afetiva de chamar uma pessoa que queremos bem, é uma pratica que acaricia a alma, fazendo a pessoa sentir-se amada e querida. O segundo é uma forma cruel de chamar as pessoas tem intenção de ridicularizar, humilhar, agredir, discriminar o outro. Para alguns, inventar apelidos não passa de uma brincadeira de crianças, alguns chegam ser engraçados para os outros de fora, mas para quem recebe o apelido e demonstra descontentamento não e nada engraçado, é uma prática que incomoda e fragiliza a vítima deixando-a vulnerável e com a alma ferida. Não podemos achar que é brincadeira uma ação que só um lado se diverte enquanto o outro sofre, brincadeira é quando todos se divertem.

De acordo com Chalita (2008, p.93) “o nome não torna alguém melhor ou pior”. Se Ronaldinho fosse Pedro ou João, seria assim mesmo o melhor do mundo no futebol? E se rosa não fosse rosa, assim mesmo teria o mesmo perfume? Percebe-se que o nome é que identifica as pessoas e as coisas , sem alterar sua qualidade e valores.

Em 1987 Antonio Pecci Filho conhecido como Toquinho , compôs com Elifas Andreto a música “ Gente tem sobrenome” para retratar o 3º princípio da Declaração Universal dos Diretos das Crianças :

Gente Tem Sobrenome

Todas as coisas têm nome,
Casa, janela e jardim.
Coisas não têm sobrenome,
Mas a gente sim.
Todas as flores têm nome:
Rosa, camélia e jasmim.
Flores não têm sobrenome,
Mas a gente sim.
O Jô é Soares, Caetano é Veloso,
O Ary foi Barroso também.
Entre os que são Jorge
Tem um Jorge Amado
E um outro que é o Jorge Ben.
Quem tem apelido,
Dedé, Zacharias, Mussum e a Fafá de Belém.
Tem sempre um nome e depois do nome
Tem sobrenome também.
Todo brinquedo tem nome:
Bola, boneca e patins.
Brinquedos não têm sobrenome,
Mas a gente sim.
Coisas gostosas têm nome:
Bolo, mingau e pudim.
Doces não têm sobrenome,
Mas a gente sim.
Renato é Aragão, o que faz confusão,
Carlitos é o Charles Chaplin.
E tem o Vinícius, que era de Moraes,
E o Tom Brasileiro é Jobim.
Quem tem apelido, Zico, Maguila, Xuxa,
Pelé e He-man.
Tem sempre um nome e depois do nome
Tem sobrenome também.

A música acima enfatiza o princípio de cidadania e equidade, independente de cultura, religião, relações etnicas e socio-econônica, enfatizando o direito inalienável que todos temos de ter nome e sobrenome.

Apesar dos apelidos carinhosos serem aceitos como uma forma afetiva de chamar uma pessoa, não são nomes e nem sobrenomes, não são aceitos como forma de identificação formal de pessoa física ou juridica, ou seja, o apelido não tem representação legal. Uma pessoa não pode ser matriculada em uma instituição de ensino, ser atendida no sistema de saúde, abrir conta num banco ou ser atendida em programas sociais simplesmente com apelidos, para termos direito a estes benefícios temos que ter uma certidão de nascimento com nome e sobrenome.

Como educadores temos que ter atenção em situaçãoes que acontem cotidianamente nas escolas e principalmente nas salas de aulas entre os colegas que costumam apelidar uns aos outros com a intenção de satirizar, zoar, humilhar e discriminar, é neste momento que temos que atentar para o fato. Ter a sensibilidade de perceber se o aluno incomoda-se ou não com o apelido, uma vez que cada pessoa apresenta capacidade de processar de maneiras diferentes situações como esta. A criança que não se importa com apelidos e consegue se defender não sofre bullying. Autoridades educacionais e pais devem ter conhecimento a respeito do tema, para saber como intervir em práticas que deixa a criança constrangida e sem saber como resolver.

Segundo o professor Celso Antunes (2009), Mestre em Ciências Humanas e autor de mais de 50 obras, muitas delas dedicadas ao assunto, bem mais importante que saber quais são as vítimas e seus algozes, é descobrir caminhos e estabelecer metas para conseguir uma profunda mudança comportamental. O professor salienta que o procedimento essencial é a sensibilização da comunidade escolar:

Através de dinâmicas podemos abordar o tema com os alunos. O livro E SE FOSSE COM VOCÊ?, conta a história de uma turma de alunos da 4 série B, onde tudo seria maravilhoso se não fosse a agressividade de alguns alunos. Pelos pátios do colégio e perto da cantina, Animal e sua turma agridem os colegas. Eles colocam apelidos horrorosos naqueles que são um pouco diferentes: os que usam óculos, os mais gordinhos ou mais magrinhos. Qualquer diferença é motivo de xingamento, gozação e ofensa. Mas a professora Nancy descobriu uma forma divertida e eficiente de acabar com esse tipo de atitude, ela propôs o dia do diferente.A dinâmica da professora Nancy fez com que os alunos sentissem na pele a dificuldade de realizar pequenas tarefas, fazendo com que todos aprendessem a conviver com as diferenças e a respeitá-las. A professora ensinou naquele dia, os alunos a ser cidadãos, ser tolerante com o outro que não é igual. Não precisamos morrer de amor pelas pessoas, mas temos o dever de respeitá-las.


O bullying surgiu juntamente com a escola, no entanto na atual sociedade o bullying toma proporções avassaladoras, não só na relação aluno/aluno, mas também professor/aluno e professor/professor enfim o bullying está presente na escola o tempo todo, todos os dias e todas as horas. Diante disso torna-se urgente um repensar sobre o assunto e este repensar deve ser feito por todos, professores, diretores, funcionários, pais, alunos e comunidade que deverão discutir o assunto, compreendendo que esta prática abominável está mais presente do que às vezes conseguimos visualizar e que podem causar danos irreparáveis nas almas das vítimas.

As escolas devem apropriarem-se de conhecimentos a respeito do tema, saber como diagnosticar e enfrentar tal problemática é de suma importância para romper com esta violência que permeia o ambiente escolar, que atualmente vêm crescendo diante de nossos olhos, provocando medo e insegurança na sociedade em geral que diante da ignorância a respeito do tema não compreendem o atual cenário de violência. Neste sentido Chalita (2008, p.113) afirma que:

A violência e a injustiça são problemas de todos. Quem permite a violência contra o outro está, implicitamente, aceitando a violência contra si mesmo. Mantendo essa posição de cegueira, a violência virá contra ele, mais dia ou menos dia.

Se aprofundarmos nossa reflexão, veremos claramente que o Bullying, essa violência cruel e silenciosa, não traz somente conseqüências negativas para o ambiente escolar. A sociedade nada mais é que o resultado das atitudes de cada um de seus membros. Essas relações desestruturadas na juventude, quando da formação de valores e do caráter, irão refletir ao longo da vida desses alunos.

Pesquisas apontam que o bullying está diretamente relacionado com o futuro profissional, com o uso de drogas, com a violência sexual e domésticas, com os crimes contra o patrimônio, e, consequentemente, com a necessidade de altos investimentos governamentais para atender a demanda da justiça, dos presídios, dos programas sociais e da saúde.

Educadores e pais devem ter conhecimento que crianças sem limites e sem amor tem uma grande probabilidade de se tornar alunos perpetrador de Bullying, adulto violento e desestruturado. Quebrar esse ciclo na escola é revolucionar a sociedade. É necessário é urgente a construção de uma cultura da paz, para a solidariedade e para a humanidade.

Vamos finalizar, com exemplo de trabalho desenvolvido na Escola Estadual Moreira Salles, município de Moreira Sales Estado do Paraná. O trabalho realizado no decorrer do ano de 2009, tem-se como objetivo mobilizar e sensibilizar todos os alunos e pais sobre o fenômeno. A diretora da escola relatou que “é um trabalho no dia-a-dia, é uma constante luta onde a intervenção nos conflitos entre alunos leva o agressor a refletir sobre o sofrimento da vítima e a compreensão de que este tipo de agressão é um mal que deve ser extinto da escola e da sociedade, pois o fenômeno pode deixar marcas profundas nos corações e almas das pessoas”.

A poesia abaixo da aluna Lirian Taís de Jesus Kurike da 8 série é resultado de ações que a escola tem desenvolvido, é um trabalho que merece aplausos. Autoridades educacionais, pais e alunos devem apropriar-se dos conhecimentos a respeito do tema para que juntos desenvolvam ações pautadas no princípio do respeito da tolerância ao outro, criando uma cultura de paz no ambiente escolar e na sociedade, pois a paz pode ser construída por pequenas atitudes diárias que começam na escola, na família e na vida, nas relações ao nosso redor, contribuindo para propagar uma sociedade mais justa, humana e solidária.

BULLYING

Um mal circula na escola
É o Bullying entre nós destruindo personalidades.
É doença silenciosa que nasce e cresce no interior humano
Seu semblante é fel aflorante nos corações e bocas de tenros jovens e crianças.
O bullying atinge a muitos
É perigo eminente
De pequenas e grande maldades
Deixa nos ver o despropósito dos covardes.
Ao bullying precisamos combater
Pó-lo para fora da Escola e de nossas vidas.
O respeito é o antídoto perfeito
Poderosa vacina , estancando o mal.
A Coragem é nossa espada denunciativa.
A paz, nossa bandeira comunicativa
Quando virmos a alegria reinar
Tendo como fieis escudeiros a harmonia e o respeito escolar.


REFERÊNCIAS

Abramovay, Miriam. Violências nas escolas: versão resumida.- Brasília: UNESCO Brasil, REDE PITAGORAS, Instituto Airton Sena, UNAIDS, Banco Mundial, USAID, Fundação Ford, CONSED, UNDIME, 2003.

Antunes, Celso. Celso Antunes discute em congresso em THE o Bullying. Disponível em: http://www.acessepiaui.com.br/geral/celso-antunes-discute-em-congresso-em-the-o-bullying/1763.html - acessado em 14/11/2009.

Beaudoin, Marie-Nathalie. Bullying e desrespeito: como acabar como essa cultura na escola; Tradução Sandra Regina Netz. – Porto Alegre: Artmed, 2006.

Chatita, Gabriel. Pedagogia da amizade – Bullying: O sofrimento das vítimas e dos agressores- São Paulo: Editora Gente, 2008.

Fantes, Cleo. Fenômeno Bullying : como prevenir a violência nas escolas e ducar para a paz. 2.ed. e ampl. – Campinas, SP: Verus Editora, 2005.

http://imagens.google.com.br/imagens acessado em 09/11/2009.

Pais precisam compreender as diversas fases da educação infantil- Assista este vídeo

Especialistas em educação alertam que, para ajudar as crianças no processo de crescimento, os pais precisam compreender cada fase do crescimento; desde a primeira infância até a adolescência.
Concordo com o educador Sergio Cortela, diante do novo cenário da educação a unica alternativa é o multirão, ou seja, o trabalho no coletivo. O inesquecível educador Paulo Freire dizia que " o amanhecer da escola depende de sonhar sonhos possíveis; organizar coletivamente o trabalho em seu interior cnstitui a primeira condição para fazer possível o sonho necessario". Assim, o primeiro passo é organizar o trabalho coletivo , envolvendo tanto os professores quanto os demais profissionais ligados à escola, buscando trilhar um caminhos regados com amor, muito amor mesmo. E por mais que, às vezes, possam parecer ineficaz, o elogio, o afeto, a dialogo amoroso são estratégias que têm retorno mais rápido, mais duradoro e menos estressante do que a bronca, os gritos, o castigo e a indiferença. O jornalista dinamarquês Jacob Riis consignou a capacidade humana de não desistir mesmo diante dos resultados que parecem consagrados e imutáveis, ao dizer: " Quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes sem que uma só rachadura apareça. No entanto, na centéssima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela que a conseguiu, mas todas as que vieram antes".

VÍDEO DE VANDALISMO DE ALUNOS NAS ESCOLA - EXIBIDO EM 24/11/2009

Vandalismo esse é o nome que temos que dar para cenas como estas. Coisas assim poderia acontecer em qualquer lugar menos na escola, que é o lugar onde os pais enviam seus filhos para que os mesmo aprendam os conhecimentos acumulados históricamente, visando que seus filhos compreendam o mundo e seu contexto e que aprendam socializar-se com outras pessoas, no entanto não é isso que acontecem. E quando vemos cenas assim, geralmente nos perguntamos, O que está acontecendo com estes adolescente? Especialista no tema diz que, o problema é social. Temos que dar exemplo, os pais devem dar exemplo, as crianças e os adolescentes aprendem com exemplos. Então tá mais do que na hora dos pais acordarem e começarem dar exemplos . Antes de se preocupar em que mundo vai deixar para seus filhos, devem se preocupar em que filho vai deixar pra este mundo. Veja o vídeo abaixo, vc vai ficar indiginado de ver cenas de vandalismo de destruição do bem público. Alunos da 6ª série de uma escola pública foram flagrados quebrando cadeiras e mesas. Estudantes que não participaram do quebra-quebra ficaram em pânico. Especialistas dizem que eles estão sem limites

20 de novembro - dia da consciência negra

Vamos abandor a apatia de nossos corações, e diminuir dor que as pessoas sentem por causa do pré conceito. Todos somos diferentes, temos que respeitar as diferenças para transformar a sociedade em espaços de equidade e direitos iguais. " Somos iguais quando levamos em consideração as diferenças."

NOVO MÉTODO DE ENSINO - MÉTODO DA BOQUINHA, UMA NOVA MANEIRA DE ENSINAR.

Glória Perez fala sobre Zeca

CHALITA DEFENDE PROFESSORES NA CAMARA

Violência Escolar uma prática abominável

Resolvi postar este vídeo para mostrar os usuarios o que aconte nas escolas e fora delas. Cleo Fantes( educadora e pesquisadora) ressalta em seu livro FENÔNEMO BULLYING que "a violência escolar nas últimas décadas adquiriu crescente dimensão em todas as sociedades, o que a torna questão precocupante devido à grande incidência de sua manifestação em todos os níveis de escolaridade". Precisamos enfrentar o problema refletindo a questão, debatendo o assunto, todos juntos ( educadores, pais, alunos, e toda a comunidade) é necessario e urgente acabar com esta cultura de violência que está impreginada nas escolas. Precisamos mostrar as nossas crianças, adolescente e jovens o quanto são importantes para nós e o quanto nos as amamos. Leva-los a praticar a solidariedades, a humildades, a tolerância e o amor.

ENTREVISTA DO EDUCADOR SERGIO CORTELA SOBRE VIOLÊNCIAESCOLAR/ JORNAL HOJE